O Auto de Natal
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O Auto de Natal

O Auto de Natal Cigano foi criado no longínquo ano de l984. Apresentei o projeto à Prefeitura de Petrópolis, para ser encenado no Quitandinha no seu palco maior. Mas... as “forças ocultas” batalharam para implodir o projeto e nós, do Grupo Ribalta, fomos despejados à guisa de presente de consolação no também longinquo Shopping Villarejo, estalando de novo na renascente Itaipava, irreconhecível aos olhos de hoje. Parecia um presente de grego, mas nós conseguimos um bom material de divulgação, cartazes e filipetas e nos colocamos a campo, colando e distribuindo esse material até o ultimo cartaz.

Chovia muito naqueles dias e a previsão era de mais chuva para o fim de semana, o que literalmente condenava nosso Auto à morte, uma vez que nosso espetáculo seria realizado no pátio central do Shopping, ao ar livre.

Mas não choveu em Itaipava, ao contrário. Um sol glorioso explodiu no céu e o entardecer, fantástico. Na quinta-feira, tivemos um público aproximado de quinhentas pessoas, no sábado duas mil e no domingo, gente se estapeando para conseguir um lugar, com centenas de crianças sentadas praticamente em cena.

Cláudio Gomide, Paulo Zanon, os fiéis, o Grupo Ribalta em peso e meu aluno no curso de teatro para crianças, Pierre Baitelli, então com dez anos e que hoje fulgura no palco do Villa Lobos na peça ‘O DESPERTAR DA PRIMAVERA”.

Pois bem. depois desse enorme e comprovado sucesso do Auto, durante inacreditáveis dez anos eu não consegui mais patrocínio para ele.

De onde se conclui que estupidez, inveja e incompetência são os piores inimigos da cultura em qualquer nível.

Como não podia deixar de ser, engavetei o Auto.

Em 2005, já no meu Estúdio, na Rua do Imperador, um aluno meu, boliviano, entrou com sua mulher no Curso de Teatro para Adultos. Um dia, eu estava comentando, os fatos que narrei acima e esse aluno disse que poderia arranjar o patrocínio para mim. Que era funcionário de uma grande empresa e... montamos o Auto , no Teatro Municipal, cujo diretor na época era o Cláudio Gomide. Foi um sucesso estonteante.

Promessas estonteantes vieram de todos os lados , só que não se cumpriram e eu num rompante,no ano seguinte, banquei o Auto sozinha. O Dr.Rubens Bomtempo, prefeito da cidade na época, mandou que me dessem uns quebradinhos para que eu não ficasse no prejuízo total, prometendo que no ano seguinte seria diferente. Não foi. E o Auto acabou em Petrópolis.

Quando em 2009 recebo o significativo convite pra realizar o “Auto de Natal” com a Companhia Aplauso no Rio de Janeiro, www.aplauso.art.br uma companhia que trabalha com jovens oriundos da comunidades carentes de todo o Rio de Janeiro, é impressionante o talento desses jovens, a disposição, o interesse e sobretudo o fazer teatro, com isso o “Auto” volta a cena, todo remodelado chamando aqui de “O Nosso Auto de Natal” contribuindo assim com a cultura e levando uma mensagem de Natal.

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Fotos

Parte do elenco da primeira versão. Da esquerda para direita: André, Gustavo, Alexandre, Beta, Monah, Jaqueline e Roberta.

Primeira versão, encenada no Shopping Villarejo. Na foto, Paulo Zanon e Ângela Lorentz.

Pierre Baitelli e Paulo Zanon.

Cena do Auto de Natal.

Cena do Auto de Natal.

Cena do Auto de Natal.

Cena do Auto de Natal.

Cena do Auto de Natal.

Elenco: Cláudio Gomide e outros.

Cenas do Auto de Natal.

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